terça-feira, 28 de março de 2017

RESOLUÇÃO MS-CNS 542 - 10/03/17


O Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde deliberaram sobre a RESOLUÇÃO 542 que reafirma os eixos estratégicos da PNAF. Siga o link
Resolução MS-CNS nº 542, de 10/03/17
 DOU de 24/03/17 p.104 - seção 1 nº 58 - Reafirma os eixos estratégicos da Política Nacional de Assistência farmacêutica, em especial o da manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS.
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domingo, 13 de setembro de 2015

COMO AVALIAMOS O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO BRASIL

O SUS, como objeto de avaliação é como um time de futebol, quem foi no estádio tem uma visão real do jogo. Pode avaliar com racionalidade. Quem não foi, apenas valia pelo que ouviu falar no programa esportivo de tv ou de amigos que gostam ou que não gostam do seu time.
Isso é exatamente o que acontece quando se pensa em avaliar a qualidade dos serviços que são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde – SUS, no Brasil. Tenho afirmado, e as pesquisas realizadas pelo próprio Ministério da Saúde estão ai para fundamentar minhas afirmações, que só “fala mal” do SUS que não usa! O Problema é que no âmbito dos serviços oferecidos pelo SUS, o trabalho bem feito dificilmente gera elogios, o que significaria “falar bem espontaneamente”. O que quero dizer é que o cidadão usuário, quando sai de casa em busca de algum serviço de saúde pública tem impregnado em sí a expectativa de que o “direito” é dele e o “dever” é do Estado. Assim, atender bem não gera elogios.
Esta é a visão que precisa ser problematizada. Os “não usuários” formam sua  opinião através das conhecidas matérias de TV, RADIOS e Jornais (que também não são usuários) que focam apenas denuncias pontuais sobre deficiências reais (que devem ser apuradas), sem ter a verdadeira noção da dimensão do SUS como política pública.
Como disse o próprio Ministério da Saúde em 2012 através de pesquisa de qualidade, constatou que em torno de 30% dos cidadãos não tem a noção efetiva de uso do SUS, pelo simples fato de não ter adoecido ou ter cobertura de algum plano de saúde privado. (muito embora estes também seja beneficiados pelos serviços de prevenção e promoção de saúde).
Já aqueles que são usuários efetivos da rede serviços primários incluindo também a média e alta complexidade, tem avaliação muito positiva na maioria das vezes alcançando nota 7 ou 8, apesar das questões pontuais relacionadas na maioria dos casos aos encaminhamentos de referencias de Média Complexidade e serviços de Urgência.
A grande verdade é que a grande maioria da população não tem noção de que o SUS é o único plano de saúde do mundo que oferece um programa de imunização (vacinas) gratuitamente para 100% da população; somos o único plano de saúde público do mundo que garante atendimento de diagnóstico e terapias para os portadores de HIV; somos o único país do mundo que garante ao usuário gratuitamente ao usuário transplantes de alta complexidade a exemplo das áreas de neurologia, cardiologia, traumaortopedia, entre outros, para nao falar nos serviços de vigilância em saúde que garantem a qualidade dos serviços oferecidos no mercado de bens, alimentos e outros.
Claro que temos desafios para serem superados. Infelizmente, os gestores Federal e Estadual não vivem na mesma dimensão que vive o gestor do SUS no âmbito Municipal tendo o Usuário pressionando pelo serviço na sua própria porta. Vivemos um problema de sub-financiamento no qual os Municípios são obrigados a se superarem em custeio de média e alta complexidade (ações cujo financiamento deveriam ser responsabilidades do Estado e da União). Nos anos de 2013 e 1014 os Municípios gastaram na média mais de 20% dos seus recursos próprios, enquanto a grande maioria dos Estados não superaram a marca dos 12% (que é constitucional), alguns deles ficaram abaixo.
O Governo Federal por sua vez tem demonstrado sua fragilidade de gestão em não conseguir superar os desafios de uma “tabela sus” que representa uma ofensa aos prestadores de serviços no mercado de saúde e que fica olimpicamente ignorada.
Isso, para não falar muito da famosa PPI – Programação Pactuada Integrada, que se transformou na farsa do “faz de conta”, os Municípios de referencia fazem de conta que atendem os municípios encaminhadores, e os encaminhadores fazem de conta que são atendidos.
A verdade é que muitos mecanismos de Governança do Sistema Único de Saúde, criados a partir de 2006 com o Pacto pela Saúde já perderam sua “validade” e estão obsoletos. Caso por exemplo da caracterização da Gestão Plena.  Ou avançamos para um modelo associativo de cooperação entre Municípios, que pode ser expresso no caso dos Consórcios Intermunicipais de Saúde. Ao invés de termos um Município recebendo recursos para atender outros, esse papel poderia (pode) ser realizados pela figura do Consórcio. Exemplos de sucesso já foram dados, particularmente pelo Estado do Paraná, no qual contamos hoje com mais de 27 Consórcios Intermunicipais, com a efetiva participação do Estado (governo) através de financiamento, sem no entanto interferir na gestão  e comando único do Sistema.
Infelizmente, alguns estados, sem noção de história e modelo, querem inventar o modelo interfederativo (no qual o Estado se inclui na figura do Consórcio), com isso começam a surgir naturalmente os conflitos de poder. O valor do “voto” nas assembleias dos consórcios, a obrigatoriedade de vinculação de receita do ICMS no custeio (que se caracteriza como uma inconstitucionalidade), entre outros. Tais estados que enveredaram por esse caminho, esquecem que o foco do sistema precisa continuar sendo exclusivamente o Usuário. Este, quer tão somente um sistema desburocratizado, com fluxos de acesso que garantam a equidade e a universalidade do atendimento. É simples, (o Paraná é um modelo) basta o Estado assumir seu papel na articulação da resolução e financiamento junto com a União dos serviços de apoio diagnóstico e atenção ambulatorial, através dos consórcios intermunicipais. Os usuários dos SUS não estão interessados se o serviço vai ser oferecidos através de um “prédio” próprio ou alugado. O que ele quer é o serviço regular, acessível e comprometido com ele.
Claro que esse texto não pretendo fazer apologia e mostrar que o SUS é um modelo de sucesso. Quero apenas dizer, que apesar das dificuldades, esse é o SUS que temos e o SUS que queremos.
Norival R Silva
Consultor Sênior

12 de Outubro de 2015

terça-feira, 19 de maio de 2015

Nos dias 12,13,14 e 15 de Maio próximo passado, a Gestão Saúde fez realizar o Curso Básico: Formação de Gestores Municipais de Saúde - GEMUS. Participaram vários municípios dos Estados do Rio GRande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Na pauta assuntos como Planejamento e programação, Organização de Rede, Controle e Avaliação; Governança Financeira, além de outros assuntos relacionados. A Condução do evento esteve por conta dos Consultores Norival R Silva (12 e 13) e Jocélio Voltolini (13 e 14).


sábado, 9 de maio de 2015

PREVENÇÃO, PROTEÇÃO OU CONTINGÊNCIA DA DENGUE?


Esta semana, sem estar programado, me obriguei a contribuir num plano de enfrentamento da dengue (da doença) em Luis Eduardo Magalhães. Acionado pelo Secretário Werther Brandão em função dos número de diagnóstico de casos de usuários residentes confirmados, imediatamente começamos a trabalhar numa proposta que deveria ter como objetivo impedir a ocorrência de óbito no município minimizando os efeitos de um surto ou epidemia da dengue naquele território. Logo de inicio me chamou atenção a confusão que se instalou em torno do "tipo" de medidas que deveríamos tomar. Quase sempre as discussões terminavam no incremente das ações de controle dos vetores (incluindo a procura e sua remoção) na maior parte das vezes nos domicílios. Fazer o "combate" à Dengue, exige dois tipos de ações que precisam ser compreendidas pelo gestor, cada uma no seu tempo e objetivo. Uma que tem como princípio 'básico" a prevenção, evitando que a dengue se instale. A outra focada nos efeitos (contingencia ou proteção) se a doença se instalar na forma de um surto ou epidemia. Como disse, é nesse ponto que a confusão se instala. Para compreender melhor, imaginem um local onde se armazene material inflamável, combustível por exemplo. Se fossemos pensar em ações de prevenção contra incêndio no local, certamente que a placa de proibido fumar seria a primeira medida a se relacionar. Neste caso a Placa de Proibido fumar seria uma medida de Prevenção, sua função básica é eliminar ou reduzir ao máximo a probabilidade de ocorrer o incêndio. no Exemplo, uma outra ação normalmente indicada seria a instalação de Extintores de Incêndio, alocados em pontos estratégicos do local. Os extintores seria uma medida de contingencia ou de proteção, sua função básica é de agir sobre o "fogo", eliminando ou reduzindo seus efeitos. Ou seja, as medidas de contingencia atuam sobre os efeitos do problema. No caso da Dengue, as ações de contingencia são acionadas com a doença já instalada, muito mais caras do que as ações de prevenção. De qualquer maneira um bom Plano de Prevenção e "Proteção" (enfrentamento) da Dengue não pode deixar de considerar os dois tipos de medidas: as de Prevenção: fiscalização de domicílios, eliminação de criadores do Aedes, Ferro Velhos, Borracharias, etc, treinamento dos profissionais em diagnóstico da dengue, e as de Proteção: Leitos de Retaguarda, Medicamentos e insumos disponibilizados, serviço de laboratório para diagnóstico; Tendas, Veículos, etc..., em Luis Eduardo por exemplo já no primeiro dia do suposto surto, se instalou uma Tenda na qual se ampliaria a capacidade de leitos de retaguarda e atendimento especial, humanizando o atendimento. Adota apenas medidas de prevenção (placa de proibido fumar) se nenhuma ação de proteção o fogo irá consumir inclusive a placa de proibido fumar!
Norival R Silva
Consultor

quarta-feira, 15 de abril de 2015

WORKSHOP: GOVERNANÇA FINANCEIRA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

No último dia 05 de Março próximo passado, mais de trinta gestores do Sistema Único de Saúde - SUS de Municípios de vários estados, participaram em Joinville do WorkShop: Governança Financeira do SUS.
O evento conduzido pelo Consultor Norival R Silva, aborda numa visão atual e inovadora as diferenças básicas entre Governança e Gestão, o "ciclo" da governança"; os efeitos da Lei 141/2012 no ambiente financeiro do SUS; A Gestão Financeira por Bloco ao invés de Fontes, como manda a Portaria Federal 204 de 2007 e especialmente apresenta para debate uma proposta de aplicação dos recursos vinculados federais, evitando o contingenciamento de recursos criminalizado pela Lei 141/202.
Entre outros, estavam representados os Municípios de: Guarapuava (PR) -

Bituruna (PR), Rio do Sul; (SC), Timbó; (SC).